
Provavelmente tenho uma opinião sobre religião um pouco diferente das outras pessoas. Não sou religiosa; não vou à Igreja aos domingos, não faço orações, não tenho uma Bíblia, ouço, leio e faço coisas que são supostamente proibidas... Enfim! Sou revoltada, eu sei. Porém não sou ateia; não duvido da existência de um Deus, e adoro discutir sobre religião. Acho que sou um meio termo: um quase. Não só uma quase-ateia ou uma quase-religiosa, mas uma quase-decepção, uma quase-editora de moda, uma quase-resposta, uma quase-tudo.
Mas sabe, não estou aqui para falar de mim. Às vezes eu mesma me canso de mim. Sei dos meus riscos: minha amiga me disse que vou queimar no Inferno por escrever isso. Meu medo maior é do que os leitores irão achar, deixando claro que a intenção do blog não é impor estereótipos de opiniões ou modo de vidas, mas de te deixar com um olhar mais aberto em relação à tudo.

Cara, eu me canso de ouvir sempre aquele "vá com Deus", "graças a Deus", "ai meu Deus", ou até aquele adesivo nos carros antigos com um "Jesus te ama". Tanta crença e infiltração na cultura sem ao menos saber se Ele (antes que perguntem, é uma regra gramatical.) realmente existe.
Acho isso uma grande falha humana. Talvez eu seja daquelas "ver para crer", mas toda essa veneração pode fazer mal. Afinal, tudo em excesso é ruim. Se uma fã de Justin Bieber se suicidou por causa do infeliz (sem desrespeito aos fãs.), imagine o que muitos já não fizeram por Deus e essa coisa toda.
Em nenhum momento pedi que você parasse com a crença (e nem me permitiria), de jeito nenhum, só imponha limites. Não chegue ao suicídio, por favor, não queira dar uma de Jesus e pedir pros coleguinhas se vestirem de romanos e te pregarem em uma cruz. Isso seria idiotice, e não amor à Deus.
Sejamos sensatos. Aqueles crentes que vivem por Deus, será que não se escondem colocando a culpa com aquele "porque Deus quis", abaixam a cabeça rendendo-se à regras e vivendo em um mundo de ignorância e perplexidade? Um pensamento obsoleto e até inseguro, de pessoas que têm medo de viver e assumir a culpa.
A vida é feita de escolhas, meu caro. Se este estereótipo de Deus em que todo mundo acredita de fato existir, não acho que Ele vá mudar sua vida. Você que irá mudá-la, com suas atitudes. Não passe sua vida esperando por milagres, viva com intensidade, crendo em Deus ou não.

Acho que não deixei muito claro minha opinião quanto à Deus.
O fato é que, não acredito no Deus cristão. Sabe, sou meio cética, o que acaba criando uma certa desconfiança quanto à religiosidade. Acho que acredito muito na Lei de Lavoisier: "Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.", o que acaba me deixando com um pensamento meio desesperançoso.
Não vou negar que não acredito em Deus, porque estaria mentindo. Só que meu conceito de "Deus" provavelmente é diferente do seu; não vejo aquela luz divina que tem poder sobre tudo e todos. Eu simplesmente julgo "Deus" como a palavra, que define a força que deu início à vida e à matéria. E essa força vai depender da sua crença, porque apesar da teimosia, não há fatos que comprovem o que deu início à tudo.
Tenho minhas dúvidas, devemos sempre estar abertos à novas opiniões e teorias, sem mais.
Sou assim quanto à vida após a morte também. Não acredito que haja um "depois", acredito que iremos acabar em uma imensidão do vazio, onde seremos lentamente decompostos por microorganismos. A não ser que você seja cremado.
Mas vou deixar a questão em aberto, só quis expressar minha opinião. Você acredita no que quiser, não há uma ditadura religiosa.
Porque eu não vejo nexo em nenhuma das religiões. Hipocrisia pura, não?

Hipocrisia! Aí está outro ponto a ser colocado em questão.
Por exemplo, no século XIV, no período do Renascimento (sim, aquele movimento que possuiu artistas como William Shakespeare, Leonardo da Vinci, Galileu Galilei e Michelangelo), as pessoas começaram a notar algumas... Bem, coisas estranhas acontecendo no meio religioso, no Clero, o que acabou fazendo com que a Igreja Católica começasse a perder a força.
Após as mudanças no modo de pensar, alguns clérigos tentavam levantar a Igreja, tendo boas atitudes frente aos fiéis e mudando os hábitos.
Mas a maior parte do Clero não agia assim, pelo contrário, não eram fiéis ao celibato e nem à castidade. Além disso, muitos padres vendiam indulgências e praticavam simonia e nepotismo. E pior, quem reclamasse do comportamento era excomungada.
Para quem se assustou com essas atitudes, não fique aliviado por não ter nascido naquela época, pois isso ainda existe hoje, e com muito mais frequência do que imaginamos. A Reforma Protestante foi um movimento que mudou muito a forma das pessoas verem a religião cristã, mas que apesar disso, não ajudou muito a combater consequências futuras.
Por isso acho religião uma coisa que complica muito a vida das pessoas. Quero deixar bem claro que não estou me especificando no Cristianismo, mas sou meio contra todas as religiões.
Me diga, quanta gente não ganha milhões e milhões tirando proveito da crença das pessoas? A maioria não enxerga, mas tem muito padre safadinho que "cura" pecados em troca de dinheiro. Agora quase ninguém acredita nisso, mas e aqueles que vendem um objeto vulgo sagrado para pessoas que têm muita fé? Pois é coleguinha, além de padres pedófilos, parece que voltamos ao século XIV.
Sem querer ofender ninguém, mas por que existem tantas religiões? De onde vieram seus fundamentos? Certamente alguém tirou isso de algum lugar, porque acho meio suspeito houverem tantas versões de uma coisa só. Cara, você pode escolher a religião que quiser, e seguí-la com fé.
Mas... Religião deveria ser algo mais pessoal. Não vejo motivo para criar tantas organizações com gente seguindo algo que algum louco disse e se espalhou pelo mundo. Desta forma, não haveriam tantas guerras.
Lógico que, religião não flutua em um mar de hipocrisia. Todos os livros sagrados têm ótimos quotes, a Bíblia, o Alcorão, o Rig-Veda, a Torá e vários outros livros que existem por aí.
Confesso que não gosto da religião (a ditadura delas, a forma que ela é utilizada e os padrões de vida que são impostos), tanto que não tenho uma, desde que seja usada com boa conduta. Ela cria laços, dá forças para viver, fornece ótimo conhecimento...
Enfim. Religião é como estilo: você cria o seu, ou segue um deles.
Sinceramente não acho que algo vá mudar o mundo se for tratar de religião. O melhor a fazer nesse caso é a independência e senso crítico: ter noção do certo e errado, criticar e colocar assuntos em questão, não deixar ser influenciado pelo lado negro da Força e ser uma boa pessoa.
... Talvez eu vá mesmo pro Inferno, xx.