terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Literalmente: A Menina Que Não Sabia Ler








leia ouvindo swan song, a fine frenzy

"Ah, meu querido, eu poderia comê-lo!"

Eu realmente procuro não ler resenhas antes de começar o livro, por gostar mesmo de desfrutar sozinha e sem qualquer recomendação. Tanto que muitas vezes, eu pego um livro qualquer na livraria, me baseando apenas na minha própria intuição. Não pela capa, nem pelo título, autor, e nem sequer leio as indicações de jornais ou a pequena descrição. Não sei exatamente o motivo de eu fazer isso, só talvez penso que todos os livros merecem serem lidos.

Dessa vez fiquei me perguntando o que estou fazendo nessa seção do blog, o Literalmente, se não gosto de ler resenhas antes do livro. Logo de início, eu e minhas auto-respostas encontraram "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.", porém achei disforme demais. Mas... Talvez eu queira compartilhar com vocês o que eu achei do livro. Adoro saber opiniões diferentes das minhas, e é isso o que eu faço.

Então, acabei escolhendo "A Menina Que Não Sabia Ler", porque acho que deveria ter lido uma resenha. Acho que acabo de escrever para mim mesma, mas como se vocês fossem eu.



"A Menina Que Não Sabia Ler"
John Harding


Adoro livros em primeira pessoa. Sei que eles são mais difíceis de escrever, e é um dos motivos de eu gostar tanto deles. Eu sempre consigo sentir mais o personagem, ver a visão dele... E a história raramente vem mastigadinha, é mais reflexivo e você pode tirar suas próprias conclusões. Mas é claro que, isso também é apenas uma concepção. É mais difícil para mim julgar um livro como "ruim" (tanto que nunca aconteceu, que eu me lembre.), ainda mais estes que são tão sofisticados a ponto de cometer falhas propositalmente. O autor não está narrando no ponto de vista dele, mas incorporando um personagem. Por isso não há como saber se tudo o que aquele personagem viveu foi inteiramente verdade, o que levou muitas pessoas a acharem "A Menina Que Não Sabia Ler" um péssimo livro. Já eu, achei incrível, exatamente por essas falhas. O linguajar é bastante avançado para uma garota de 12 anos, Florence, e bem, por várias vezes fiquei me perguntando se ela era a mocinha ou a vilã. E toda essa transformação e passagens que variavam entre a realidade e o surreal de fato embaralhavam minha cabeça, então nunca cheguei a concluir algo muito concreto depois de ler. Chega a ser uma coisa até infantil, e você se surpreende muito durante o livro, porque a menina parecia ter indícios de ser algum tipo de psicopata, sociopata ou seja lá o que for. Não sei, ele me encantou muito por explorar algumas fraquezas humanas que passam quase sempre despercebidas... É algo que, enfim, eu até fiquei muito chocada no final. Não parecia aceitar as coisas no dia em que terminei...

Eu até queria esclarecer mais algumas coisas, mas vou deixá-los desfrutar sozinhos, assim como fiz. Não quero que me sentir culpada caso eu faça spoilers, então nem me arrisquei.

Tenham cuidado na hora de ler, e por favor, não se deixem enganar pela pequena Florence.

1 comentários:

Unknown disse...

Gostei muito do Literalmente.. O problema é que eu fico com vontade de ler todos os livros que você indica e aí fica difícil..

Só não comprei "As Vantagens De Ser Invisível" ainda, porque estou esperando me entregarem o "Getting The Girl" do Markus Zusak, mas assim que eu terminar..

Aliás..já saiu uma suposta data de lançamento para o novo livro do Markus (sou íntima). Feli sobre isso:
http://cultmeplease.blogspot.com/2011/01/bridge-of-clay.html

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